Boas notícias para quem arrenda casa: o que muda em 2026 e2027

20/11/2025

O mercado de arrendamento em Portugal prepara-se para uma boa notícia para inquilinos e senhorios: a partir de 2026 o limite de dedução no Código do IRS das rendas sobe para 900 €, e em 2027 para 1.000 €. Esta alteração é parte de uma estratégia mais ampla do Governo para tornar o arrendamento mais acessível e equilibrado.

A seguir, exploramos o que concretamente muda, quais os impactos para inquilinos e senhorios e porque este pode ser um momento importante para quem vive ou investe em imóveis.

O que muda

Antes de começar a embalar ou reorganizar móveis, defina claramente o que precisa ser tratado primeiro. Inclua tarefas como:

·        A dedução para inquilinos em sede de IRS mantém-se nos 15% das rendas pagas, mas o limite anual da dedução à coleta sobe dos 700 € (em vigor) para 900 € em 2026 e 1.000 € em 2027.Atualização de morada em bancos e entidades oficiais

·        Nos contratos de arrendamento a preços moderados, o Governo prevê abrir incentivos aos senhorios: por exemplo, redução da taxa autónoma de IRS sobre rendimentos prediais, de 25% para 10%, para contratos que cumpram os requisitos.

·        A medida favorece especialmente rendas com valores mais contidos, ou seja, contratos “standard” em vez de valores elevados, sendo uma forma de valorizar arrendamento mais sustentável e menos especulativo.

Ter uma lista ajuda a reduzir esquecimentos e a tornar o processo mais linear.

Por que é relevante para inquilinos

  • Uma maior dedução fiscal anual (até 900 € em 2026, 1.000 € em 2027), o que reduz o imposto a pagar ou aumenta o reembolso.
  • Um incentivo adicional para procurar contratos de arrendamento com valores mais moderados, uma vez que são estes que beneficiam.
  • Maior previsibilidade para o arrendamento como opção habitacional — uma vantagem num momento em que muitas famílias procuram alternativas à compra devido aos preços elevados.

E para senhorios?

Os senhorios também têm razões para prestar atenção:

  • Para quem arrenda a preços moderados, as taxas fiscais mais favoráveis (por exemplo, IRS reduzido) tornam o arrendamento mais atrativo como investimento.
  • A existência de incentivos pode melhorar o rendimento líquido e a eficiência do imóvel.
  • Em mercados onde a procura por arrendamento é forte (como zonas costeiras ou próximas de grandes centros), estas alterações podem reforçar a dinâmica e estabilidade do arrendamento.

5. Aproveite para reorganizar

Estar entre casas é uma excelente oportunidade para doar ou vender objetos que já não usa, reinventar os espaços e começar de forma mais leve e organizada. Aproveite para personalizar cada divisão do novo lar e criar um ambiente que reflita o seu estilo e necessidades.

Implicações para 2026 e o papel das zonas costeiras

Dentro deste quadro, algumas tendências assumem especial relevância para regiões como Espinho e Esmoriz:

  • A procura por arrendamento em zonas costeiras e com qualidade de vida continua a crescer, estas medidas fiscais podem acelerar essa procura.
  • Para inquilinos nestas áreas, poderá haver mais opções de arrendamento "a preços moderados", o que reforça a competitividade do mercado.
  • Para senhorios nessas localidades, há oportunidade de investir com perfil de arrendamento a médio-prazo, beneficiando das novas regras fiscais.

As alterações ao IRS para rendas em 2026/2027 evidenciam que o arrendamento não é apenas uma “segunda” opção à compra — pode assumir um papel estratégico para muitos agregados. Para a E’60, este é um tema relevante tanto para quem procura habitação como para quem investe em imóveis.

Se está a arrendar ou a pensar arrendar, vale a pena acompanhar estas mudanças, preparar-se com antecedência e, se for o caso, ajustar as suas expectativas e planos conforme esta nova realidade.

Na E’60, estamos disponíveis para esclarecer dúvidas sobre arrendamento, contratos e implicações fiscais, para que o seu processo seja seguro e bem informado.